terça-feira, 29 de julho de 2014

Receita de hoje: 95% beijinho

Primeira tentativa 


Clap! Clap! Clap! 
Essa receita salvará muitos pais e mães quando for a hora de planejar a festinha das crianças. Tirar o glúten dos docinhos não é difícil, já que a maioria não contém. Mas, tirar o leite/lactose, é um desafio, já que a base da maioria dos doces é o leite condensado. 

Já mencionei outras vezes o quanto eu AMO o blog da Monalisa, "O diário de receitas sem lactose". Então, navegando por ele, encontrei essa receitinha supimpa, chamada de docinho de arroz com coco e damasco. Na realidade, a origem da receita é de um blog chamado "Lu, Mãe da Malu". A mamãe da pequena Malu preparou uma festa inteirinha sem leite. Que amor, né? 

Então, essa é uma republicação de uma receita que vale muito a pena! Depois que fiz e provei, disse: "Isso é idêntico ao beijinho!" 
Meu namorado e minha mãe provaram e eles amaram. Também concordaram que é idêntico ao beijinho. 

Então, peço desculpas a Lu por modificar o nome e espero que ela não fique chateada! Na verdade, esse nome, na minha opinião, valoriza muuuuito mais essa criação! 

Simbora para a cozinha, meu povo!
Essa receita rendeu bastante. Então, caso queira testar, sugiro que façam a metade. 
A base da receita é o arroz cozido. Já fiz duas vezes. Na primeira, eu segui a receita abaixo e na segunda eu fiz com a sobra da receita do leite de arroz (clique aqui para rever!). Assim, quando fizerem a receita do leite de arroz dá para já fazer essa também. 

- 1/2 xícara de chá de arroz cru 
- 8 damascos secos 
- 3 xícaras de chá de água
- 200 ml de leite de coco
- 2 xícaras de chá de açúcar (se quiser, pode usar 2)
- 50g de coco ralado
- Coco ralado para enfeitar os docinhos
- Cravos para enfeitar

Primeiramente, cozinhe o arroz e o damasco na água. Não pode ficar durinho, ok? Tem que ficar meio papa e bem cozidinho. Em seguida, bata no liquidificador o arroz com o leite de coco até obter uma massa homogênea. Aqui, vocês já vão perceber que a cor ficará da cor do beijinho tradicional. 
Em uma panela, despeje a massa e acrescente o açúcar e o coco, mexendo até dar o ponto de enrolar. Deixe esfriar e faça bolinhas, passando no coco ralado. 

Está pronto!

No meu ponto de vista, essa receita fica perfeita no dia e, no máximo, no dia seguinte. Depois, ela vai endurecendo.

Quem fizer com a massa que sobrou da receita do leite de arroz, bata a massa novamente no liquidificador, antes de iniciar a receita. Vocês verão que formará uma massa lisa e linda, aparentemente bem versátil.

Se você testou a primeira vez e não gostou muito, faça a segunda. Minha segunda tentativa ficou MUITO melhor. Até porque eu coloquei os cravinhos e fechei em uma caixinha. Assim, os cravos perfumaram os docinhos deixando ainda mais com gosto de beijinho tradicional.

Segunda tentativa 

Gostaram?
Espero que sim!

sábado, 26 de julho de 2014

Receita de hoje: biomassa de banana verde


O pedido de vocês é uma ordem!
De uns tempos pra cá, tenho preferido já colocar a foto com a receita, para não deixá-los com água na boca. Mas ontem fiquei tão feliz que acabei  postando só a foto da minha primeira biomassa de banana verde! Não deu outra. Muitas pessoas pedindo a receita. Então, eu resolvi tomar meu café da manhã e ainda de pijama, escrevê-la. 

A tão falada biomassa de banana verde (BBV)!
Há um tempo que eu ouço falar, vejo pessoas fazerem e quando li que sobre os benefícios, especialmente para nós, celíacos, que devido a doença celíaca ficamos com o intestino inflamado, fiquei morrendo de vontade de testar. Quando vi a receita, a coisa maaaais fácil. Já tinha ouvido também que a banana verde produz uma massa versátil, pois não tem cheiro e nem sabor. Mas, confesso, eu não botava muita fé. Quando fiz, fiquei encantada! Realmente não tem cheiro e nem sabor e ela tem uma consistência de purê de mandioquinha. Ou seja, ideal para usarmos em qualquer receita. 

Vejam como nós somos privilegiados! Deus nos deu amêndoas para produzir um leite delicioso, banana para produzirmos uma massa versátil, entre outras maravilhas. Lindo demais! 

Então, para convencê-los de que a BBV é realmente algo magnífico, fui pesquisar os benefícios dela. Achei no site da VP Nutrição Funcional um texto falando só sobre as propriedades dela. Mas, o que é o Instituto VP? É o Instituto Valéria Paschoal de Pesquisa, que tem o objetivo de "ampliar e gerar conceitos de cunho científico pertinentes à Nutrição Funcional como um todo" (Fonte: site VP). 
Vale a pena conhecer o trabalho, pois a VP integra Ensino, Pesquisa e Extensão. O site é esse aqui: PODE CLICAR AQUI MESMO!

Então, a fonte é segura, podem ter certeza. Eu já acompanho, pelo facebook, a VP e adoro. Tem informações muito bacanas. 


➨ Propriedades da banana verde
- principal fonte de amido na dieta
- apresenta elevadas proporções de vitaminas e minerais
- quando cozida, apresenta alto conteúdo de amido resistente presente na polpa da fruta, benéfico para a produção de bactérias boas para o nosso intestino
- mantém a integridade da mucosa do intestino delgado (celíacos, SUPER importante para nós)
- auxilia no trânsito intestinal
- previne e trata quadros de diarreia e constipação
- previne o desenvolvimento de doenças como o câncer de intestino 
- alimento de baixo índice glicêmico, contribuindo para a prevenção do diabetes
- ajuda na redução do colesterol, prevenindo também doenças do coração
(Fonte: site VP)


Perfeita, não é?
Celíacos, ela é fundamental para nós. Inclusive, essa semana, o meu nutricionista me recomendou fazer uso dela. Vocês vão ver que é facinho de fazer!
No próprio site da VP tem a receita. Mas, eu vou colocar a receita que eu acabei seguindo, ok?! O site é o Recomendo.

Vamos aprender?

Vamos precisar de bananas verdes. ATENÇÃO: verdes mesmo! Não é meio verde ou meio amarela...é totalmente verde, como essas

Quantas? Quantas couber na panela!

Primeiramente, separe as bananas, mantendo o talo. Cortando com uma faca, fica bem fácil. Em seguida, lave-as com água e sabão (esse passo é importante porque vamos aproveitar as cascas para produzirmos outra receita, ok?!). 
Coloque água até a metade da panela de pressão e leve ao fogo para a água ferver. Quando levantar fervura, adicione as bananas verdes (com a casca). É importante que a água esteja fervendo para haver choque térmico. Tampe a panela e deixe em fogo alto até iniciar a pressão. Quando iniciar, abaixe o fogo e deixe no fogo por 10 minutos. 
Então, desligue o fogo e quando a pressão sair, retire as bananas, uma a uma, e com a ajuda de um pegador e faca, abra cada banana e vá colocando a polpa em um processador. Gente, é quente mesmo! Não pode deixar esfriar. A receita original fala que dá para fazer no liquidificador também. Eu tentei e não gostei. Preferi o processador. 
Bata bastante até virar um massa. 
Está pronta a biomassa de banana verde. Dá para usar ou congelar. Caso opte por congelar, para usá-la é só deixar descongelar em temperatura ambiente, levá-la ao fogo com um pouco de água e mexer até que ela desmanche totalmente. Se quiser uma massa lisinha novamente, a BBV deve ser batida enquanto quente. 

Ah! Mas onde posso usar? Onde quiser!
Suco, bolos, tortas, molhos...e NHOQUE, que é o que vamos tentar hoje. Trarei a receita!

E então, o que fazer com a casca? Uma bela caponata, para acompanhar uma torradinha ou pão. Vamos fazer a nossa hoje também. Nhami nhami! Fico muito feliz quando aproveito tuuuuudo e não jogo nada fora, nem as cascas. Clique aqui para ver a receitinha da caponata!

Vou dividir tudo com vocês. Fiquem ligados!

Aproveitando, vou deixar a receita de um suco funcional, fornecida pela VP, com o uso da BBV. Quero tentar, pois deve ficar delicioso:
- Suco de 1 laranja
- 1 folha de couve
- 100 ml de suco de uva
- 1 colher de sopa de linhaça
- 1 colher de sopa de biomassa de banana verde
Bater todos os ingredientes no liquidificador e consumir no café da manhã. Super energético!

Agora, vou indo porque a minha BBV quer virar nhoque!


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Editado dia 29.03.2015
O link para a receita original, do site Recomendo, expirou. No entanto, outras receitas são iguais a essa. Então podem fazer sem medo, ok?!

quarta-feira, 23 de julho de 2014

Minha participação no Jornal EPTV | Ribeirão Preto


Quem convive comigo sabe o quanto a exposição é algo que eu não sei (ou pelo menos ainda) lidar. Gosto dos poucos e bons amigos, da intimidade preservada e, embora eu seja uma pessoa bastante falante (daquelas que conversa na fila com qualquer pessoa), para algumas coisas eu ainda sou tímida.

E se eu ainda tento me preservar ou sou tímida para algumas situações, por que estou aqui escrevendo e falando sobre essa experiência? Porque conversando com muitas pessoas e comigo mesma, entendi que essa exposição faz sentido porque com ela podemos discutir várias coisas. A primeira e mais importante delas: como ser um celíaco ativo!

Oras, mas que raios significa ser um celíaco ativo? Significa que ao invés de nos queixarmos do governo, dos preços dos produtos, dos impostos, da contaminação cruzada, da falta de conhecimento da população, cada um de nós seremos ativos para o reconhecimento de nossa doença. 
Mas como? Na realidade não importa muito. Não necessariamente as pessoas precisem criar blogs, páginas no facebook ou sites, embora isso ajude demais, mas podemos ser ativos na nossa comunidade, no nosso bairro, na nossa família, entre os nossos amigos. Se cada um de nós fizermos isso, teremos uma sociedade muito melhor. E aí, as chances de ouvirmos que alergias/intolerâncias são frescuras, que estamos fazendo dieta da moda ou que tudo não passa de um exagero ou obsessão, certamente diminuirão. 

Tudo o que cada um de nós deve fazer é divulgar, buscar conhecimento, compartilhar, informar e participar dessa reviravolta que está acontecendo. Tantas pessoas se descobrindo intolerantes ou alérgicas a algum alimento, não é? E não é por acaso! Há toda uma explicação para o momento que estamos vivendo: passamos a consumir industrializados demasiadamente, nossos alimentos tidos como naturais e saudáveis estão sendo modificados geneticamente há anos para produzir mais e resistir a pragas e trabalhamos mais do que nunca, sobrando menos tempo para nos alimentarmos, de fato, de maneira mais saudável e nutritiva. As consequências estão aí para quem quiser ver. Está em mim, como celíaca e está em você, que está lendo esse texto. Quem, atualmente, não conhece uma só pessoa alérgica ou intolerante a algum alimento, levante a mão! 

No meu círculo social, semanalmente, recebo mensagens de amigos e amigas, próximos ou não, desconfiados de alguma intolerância/alergia. Além do meu círculo social, recebo emails e mensagens, por meio do blog, de desconhecidos também desconfiados e alguns bastante desesperados pela situação em que se encontram. Eis que então com tantas alergias e intolerâncias, diante dos obstáculos que um diagnóstico pode trazer, sentamos, choramos e culpamos alguém: o pai ou a mãe que não nos ensinaram a ter uma alimentação saudável, os médicos que não nos diagnosticaram antes, os amigos que nos chamavam para comer pizza e tomar cerveja toda sexta-feira, o governo que não reduz os impostos de alimentos próprios para nós, as lojas que vendem os produtos com preços abusivos, os fabricantes que fornecem alimentos contaminados com glúten, o (a) namorado (a) que toma cerveja e não compreende que não podemos beijar na boca. E aí, rasgamos o verbo, dizendo: "Está vendo! Por isso estou no fundo do poço. A realidade não muda! Será sempre assim e acho que nunca mudará."

Ok! Que nunca mude, se o cara lá de cima achar que não deve mudar, que ninguém compreenda as nossas dificuldades ou respeite a existência (mais do que real) da contaminação cruzada e os preços continuem a subir, eu pergunto: "O que você tem feito para mudar essa realidade?; O que eu tenho feito para mudar essa situação?" E por segundos, talvez minutos, emudecemos porque, bem no fundinho do coração, sabemos que fazer alguma coisa é muito mais difícil do que reclamar e esperar que alguém faça, não é? 
Gosto muito de uma foto amplamente divulgada pela Fenacelbra (Federação Nacional das Associações de Celíacos do Brasil), que fala exatamente como sermos um celíaco PAR (paciente ativo e responsável)



Não é bacana? Também sei que fácil não é, mas é possível. Quando juntamos as forças, conquistamos coisas que jamais poderíamos imaginar. Acreditem! 

Bom, toda esse construção do pensamento para dizer que tudo isso (esse texto, essa foto e principalmente essa reportagem) tem um único objetivo: INCENTIVAR cada um de vocês a lutarem pelo o que desejam! 
Querem compreensão? Reconhecimento da sociedade com relação a doença celíaca? Querem que os fabricantes saibam o que é contaminação cruzada? Vamos ter que trabalhar! E muito...mas, juntos! E quando trabalhamos juntos, com um único objetivo, conquistamos para nós e para os outros. E vejam que bacana: além de trabalharmos, ganharmos conhecimento, conhecermos pessoas novas e bacanas, ainda podemos ter atitudes caridosas para com o próximo. Por isso, mesmo com muita timidez e vergonha, estou dividindo com vocês. Estou passando por cima do meu orgulho (todos nós somos orgulhosos quando ficamos receosos sobre o que o outro vai pensar de nós e de nossas atitudes), vergonha, timidez e muitas outras coisas para que juntos possamos refletir, pensar e agir.

Essa reportagem foi um presente para mim e espero que para a minha cidade e região. Acredito que não só aqui em Ribeirão Preto mas em vários lugares, está difícil viver como celíaco, por todos os motivos já mencionados: a população não sabe do que se trata a doença celíaca, as padarias cheeeeias de glúten saem fabricando produtos "sem glúten", os profissionais de saúde ainda patinam no assunto (e nós sabemos disso, porque quando somos pacientes ativos e responsáveis, estudamos nosso diagnóstico e isso nos dá base para questionarmos orientações recebidas), a família pouco se importa com contaminação cruzada, os amigos tiram sarro e lamentavelmente, muitas pessoas ainda se encontram naquela fase de peregrinação em consultórios médicos em busca de um alívio para suas dores. Vocês já pararam para pensar que agora, nesse instante, milhares de pessoas estão em pronto socorros ou consultórios médicos, com todos os sintomas da doença celíaca, e do outro lado da mesa, alguém de branco está dizendo que é virose, infecção intestinal, coisa da cabeça, ansiedade, nervosismo? Poxa, você não acha que estou exagerando porque é bem provável que você tenha passado por isso, como eu passei. 

Por isso, temos o DEVER de falarmos sobre o nosso diagnóstico, dos benefícios de uma alimentação sem glúten para todos e da necessidade dela para os celíacos, dos perigos da contaminação cruzada, dos sintomas e tudo o que pudermos falar. Fale, comente, divulgue! Para sua família, para seu vizinho, para seus amigos, namorado (a), funcionário, professor. Bata no peito e diga: "Eu sou celíaco(a) e sei do que estou falando porque ninguém viveu ou vive a minha dor!" Certamente, foi esse o caminho que muitas pessoas percorreram para que o Diabetes, por exemplo, fosse respeitado como é hoje. 

Transforme a tua dor, física ou emocional, em alívio para outras pessoas e busque ajuda quando estiver insuportável. Ninguém é obrigado a dar conta de tudo o tempo todo. Temos nossas fragilidades. Respeite-as. Respire. Conte até dez. Levante-se denovo e vá! Com medo? Nervosismo? Receio? Raiva? Mas vá, porque esse caminho só pode ser percorrido por você e mais ninguém. Nas margens desse caminho estarão todas as pessoas que amam e acreditam em você. Estarei lá, mesmo sem te conhecer, pode ter certeza!



Sobre a reportagem:
Essa reportagem aconteceu porque eu dediquei alguns minutos do meu tempo para sugeri-la para o jornal local da minha cidade. Totalmente descrente da leitura por parte da equipe jornalística, salvei o email enviado em um arquivo word porque tinha certeza de que seria necessário enviar diversas vezes. E a resposta veio por meio de um telefonema, falando do interesse em falar do assunto, em pouco tempo. 
Foi uma matéria de poucos minutos, na qual eu falei sobre a questão da contaminação cruzada e da importância de uma alimentação baseada em verduras, legumes e frutas. Na mesa que preparei para a filmagem, havia tudo isso. Infelizmente, na edição da gravação não foram mostradas minha fala sobre contaminação cruzada e a base da minha alimentação em alimentos naturalmente sem glúten. Mas não tem problema, um passo já foi dado e eu sou muito grata por isso. Tenho certeza de que joguei as sementinhas ou deixei a pulguinha atrás da orelha de muita gente, que vai passar a se observar mais. 

Aproveito para agradecer todas as pessoas que estiveram e estão as margens do meu caminho, me oferecendo apoio, alegria, incentivo e motivação. Gratidão infinita a Deus e a todas as pessoas, conhecidas ou não, de perto ou de longe. Aos meus amigos parceiros que cuidam da minha alimentação e me tiram sorrisos a cada delícia que produzem; Sabor de Saúde (São Paulo/SP), Crumble Cozinha (Ribeirão Preto/SP) e Mr. Premium (Ribeirão Preto/SP).
Também, quero agradecer a Marília, da EPTV, que leu meu email, aguardou meu retorno de viagem e gentilmente, se mostrou aberta, e a equipe de filmagem que me deixou a vontade e transformou tudo em uma conversa gostosa.

Quero agradecer a uma leitora (danadinha!), a Vaulíria. Ontem, estava bastante pensativa sobre postar ou não o vídeo. Eis que entro no blog e ela já tinha postado e mandado mensagem. Só me restou dizer: "Ok! Já entendi! Não tem mais volta! Uma leitora já postou...agora, acho melhor me pronunciar!". 
E isso foi um baita incentivo para deixar orgulho, timidez e vergonha de lado. Leitores que são verdadeiros presentes que Deus coloca na minha vida! Muito obrigada, minha querida! 

Respeitosamente, gostaria de corrigir duas coisas com relação a reportagem. A primeira é que o glúten não é um produto adicionado a massas e pães, como foi mencionado pelo jornalista. Ele é uma proteína presente no trigo, aveia, cevada, malte e centeio. E a segunda é que a repórter esqueceu de mencionar que o glúten também está presente na cevada.

Após a reportagem, recebi algumas mensagens e isso alegrou meu coração. 
Após a reportagem, pessoas que nunca imaginei me assistiram e vieram perguntar do diagnóstico.
Após a reportagem, sinto que fiz minha parte e convido você a fazer a sua. 

Qual será? 

Conte comigo! 

quinta-feira, 17 de julho de 2014

Receita de hoje: fondue de mandiokejo®




Ahhhhhh...o inverno, fondue, namorar! Quem é que não gosta?
Depois do diagnóstico, não comi mais fondue de queijo. Além de ser celíaca e intolerante a lactose, o fondue de queijo daria muito trabalho por conta da contaminação cruzada, pois seriam duas panelas, dois tipos de pães...enfim, desanimador!

Quando o Mandiokejo foi lançado, nem lembrei de usá-lo como queijo, na pizza ou na lasanha, mas sim, no fondue. Mas, era verão e eu só fiquei esperando o tempinho frio chegar. E chegou!

Para quem não sabe, o mandiokejo é um queijo vegetal, ideal para intolerantes a lactose, alérgicos a proteína do leite e também vegetarianos. É uma mistura, em pó, de mandioquinha desidratada, fécula de mandioca, feijão branco pré-cozido em pó, sal marinho, ácido cítrico e mix de vitaminas e minerais. 

Meu namorado é bastante companheiro, como já falei outras vezes. Ele topa comer tudo o que como e ainda acha tudo gostoso. Então, fizemos uma noite de fondue sem glúten e sem lactose. 

➸ Preparo do mandiokejo
Para preparar o mandiokejo, é só seguir as instruções do verso da caixa. Lá, tem 3 opções para o preparo. Eu escolhi, para o fondue o mandiokejo cremoso, ideal para lasanhas. A diferença é que eu já fiz o preparado na panela, para aquecer no fogão. Então, seguindo:
- 2/3 de xícara do preparado em pó mandiokejo
- 1/2 xícara de óleo (achei a quantidade de óleo grande mas confesso que não me preocupei tanto, uma vez que é bem raro comer fondue)
- 400 litros de água

Em uma panela, misture o preparado em pó e o óleo, mexendo com uma colher até dissolver completamente. Não se desespere! Parece que não vai engrossar mas uma mágica acontece (hahahaha).
Em seguida, acrescente a água e mexa suavemente ate obter uma mistura homogênea e aguarde de 3 a 5 minutos até que o mandiokejo fique cremoso. Gente, é só aguardar que ele fica cremoso mesmo! Aqueça em fogo baixo, mexendo sempre.
Se achar que ele ainda não está em um ponto bom de fondue, vai consertando com água, ok? Quando eu fiz, fui colocando aos pouquinhos. Desligue o fogo e deixa a mistura na panela. 

Corte os pães, leve por alguns minutos ao forno e coloque-os em uma cestinha. 
Usamos o pão integral da Berti e o pãozinho de batata da Sabor de Saúde...ficaram deliciosos!

Agora, vamos já continuar o preparo na panela de fondue. 
Primeiramente, corte um alho na metade e passe no fundo e laterais da panela de fondue. Em seguida, coloque a mistura de mandiokejo e deixe no fogo baixo. Acrescente um pouquinho de vinho branco e noz moscada. Leve para o fogareiro do fondue e pode se deliciar!

Combina demais com uma tacinha de vinho e se todo mundo animar, pode continuar com o fondue de chocolate. Nós continuamos! Derretemos o chocolate meio amargo, em banho-maria, já na panela de fondue. Cortamos bananas e morangos e aproveitamos!
Usamos o chocolate da marca Vito (foto abaixo), pois não contém glúten e lactose, apenas traços de leite, não sendo indicado para alérgicos a proteína do leite.



Ah! O mandiokejo eu encontei na Sabor de Saúde, padaria sem glúten e sem leite em SP, mas também pode ser encontrado em outras lojas de produtos sem glúten e sem lactose e no site (aqui!).

Gostaram?
Nós adoramos! 


quarta-feira, 9 de julho de 2014

Receita de hoje: torta salgada feita sem liquidificador ou batedeira


Oiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii gente! 
Como vocês estão? 

Vocês acreditam em presentes que a vida nos dá? Eu acredito DEMAIS! 
No meu último ano em SP, justamente o ano em que fui diagnosticada, passei por momentos muitos difíceis. Não queria mais ficar em SP, profissionalmente não me sentia completa, meu namorado tinha mudado de cidade...enfim, muitas perdas para um ano só. Além disso, por não saber da doença celíaca, peregrinava de médico em médico, sempre passando muito mal. 

Um dia, resolvi passear no shopping. Estava desanimada mas logo seria o aniversário do meu namorado e eu queria comprar um presente para ele. Eu ainda não sabia do diagnóstico e resolvi almoçar no Viena. Na hora em que fui sentar, tinha apenas uma mulher sentada na mesa e pedi licença para sentar. Eu puxo papo com quem estiver por perto e puxei papo com ela. Conversa vai, conversa vem...ela morava na mesma cidade para qual o meu namorado tinha se mudado. Na hora de trocarmos telefone e emails, percebemos que não tínhamos caneta e pedi uma para uma moça que estava por perto. Assim, conheci a Tininha, sentada na mesa, e a Maruska, que me emprestou a caneta. Foi muito importante conhecê-las, pois elas representaram alegria naquele dia para mim. E ainda hoje, as duas me ajudam sempre com alguma coisa. A vida é incrível, né?

Mesmo depois de vir embora para Ribeirão Preto, continuei com contato virtual com a Maruska, que sempre lembra de mim quando vê a expressão "sem glúten" em algum lugar e corre me mandar uma mensagem, e também com a Tininha. E como a vida sempre nos reserva o melhor quando estamos abertos para isso, ela me enviou uma receita que caiu perfeitamente para o dia em que fiz: torta salgada batida na mão. Isso mesmo, gente! Sem liquidificador, sem batedeira, sem nada. Apenas um bowl (tigelinha) e os ingredientes. 
Para ajudar, bati com um fouet mas quem não tiver, basta um garfo ou uma colher. 

Como vocês já perceberam, amo alho-poró. Então, fiz a torta com ele. Mas, a receita original é de abobrinha, que ainda quero testar. Além disso, vai farinha de trigo, que substituí por amido de milho.
O melhor dessa receita é que ela permite variações. Então, dá para criar bastante!

Vamos aprender?
- 3 ovos
- 1/2 xícara de leite (pode ser o de vaca zero lactose ou dá para tentar com o de arroz também. Clique aqui para conhecer a receita do leite de arroz!)
- 1/2 xícara de óleo
- 8 colheres de sopa de amido de milho (quem quiser tentar com a farinha sem glúten, fica a vontade)
- 1 colher de sopa de fermento em pó
- 1 talo pequeno de alho poró picado - dá para colocar as folhinhas também (pode ser substituído por 1 abobrinha média ralada)
- 1 tomate picado
- 1 cebola pequena picada
- Sal e temperos a gosto
- Queijo ralado, se quiser

Em um bowl (tigela), misture todos os ingredientes e coloque em uma forma untada. Leve ao forno por, aproximadamente, 40 minutos. Para verificar se já assou, espete um palitinho de dente, ok?

Muito fácil, não é?

Gostaram do enfeitinho? Uma amiga muito querida foi fazer parte do doutorado dela na Dinamarca e eu levei para a despedida dela. É um garfinho de plástico e as folhinhas são hortelã! Ficou fofo, né? 
Comida enfeitadinha dá um toque especial...não se esqueçam disso, ok?!

Vamos as opções para substituição?
- Recheios:
* Berinjela
* Abobrinha
* Carne moída já cozida
* Frango desfiado
* Peito de peru
* Bacalhau
* Palmito

- Temperos e adicionais:
* Salsinha
* Cebolinha
* Pimenta
* Pimentão
* Manjericão
* Queijo ralado
* Azeitona
* Milho
* Ervilhas
* Ovos cozidos picados

Viram quantas possibilidades? E aposto que cada um que ler terá mais uma ideia diferente! 
Usem a imaginação!

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