terça-feira, 12 de junho de 2012

O que você deve saber resumidamente sobre a doença celíaca: alergia, sensibilidade ao glúten e doença celíaca


Ebaaaaa...dia dos namorados, que delícia! Parabéns a todos os apaixonados...somos privilegiados em poder ter esse sentimento tão puro e delicioso! 
Sem o meu namorado, meu eterno Edu, não seria possível criar este blog, tampouco chegar até aqui tão feliz. Obrigada por todo seu apoio...Por fazer questão de comer comigo todas as minhas comidinhas, por tentar me convencer que pão de queijo é melhor do que uma coxinha e por criar e fazer receitas deliciosas, sem glúten! 

Também quero fazer um agradecimento, de coração, a Cacau Show pela publicação do post anterior na timeline deles, no facebook. Eles foram super atenciosos, publicaram e consequentemente, a informação chegou a mais pessoas! Fiquei muito feliz e grata.

Confiram a publicação na foto abaixo ou aqui!


Clique na foto para visualizá-la em tamanho maior

Feito o agradecimento, vamos ao assunto do post de hoje. Confesso que eu mesma ainda hoje tenho certa dificuldade de entender completamente esse assunto. Mas, vamos lá! 
Antes de iniciar este papo, reproduzi uma figura do livro Vivendo sem Glúten (que recomendo a todos!):

Figura retirada do livro Vivendo sem Glúten (pág. 26)

Ter sensibilidade ao glúten significa ter uma sensibilidade física a ele e  defini-la não é uma tarefa fácil, visto que ela se apresenta de diversas formas.
Esta figura acima nos mostra que a sensibilidade ao glúten está dentro de um espectro que vai da alergia até a doença. 
O trigo é um dos agentes alergênicos mais comuns, afetando milhões de pessoas. Uma pessoa que possui alergia ao alimento que contêm glúten é como uma pessoa que possui alergia a quaisquer outros alimentos, como por exemplo, mariscos. Todas estas alergias são respostas a um agente alergênico presente na comida e as reações variam de pessoa para pessoa. Os sintomas mais observados nas alergias alimentares são de ordem respiratória (tosse, congestionamento nasal, espirros, fechamento da garganta e até mesmo asma), porém podem ocorrer outros sintomas, como os digestivos, a pele e o sistema cardiovascular.
O que acontece, nas alergias, é que o organismo, ao receber a comida com o agente alergênico, trata-o como um invasor estranho. Desta forma, é o sistema imunológico que entra em ação. Os alimentos frequentemente envolvidos nas alergias alimentares são os que apresentam alto teor de proteína, principalmente de origem vegetal e marinha, sendo eles: milho, centeio, arroz, nozes, camarão, mariscos, peru, carne de porco e bovina, banana, abóbora e batata. Muitas pessoas chegam a apresentar choque anafilático., podendo ser fatal, a menos que a pessoa receba uma injeção de epinefrina. 
Já na sensibilidade ou intolerância, a pessoa deve evitar o alimento ao qual o organismo não reage bem. Vejam, ela deve evitar...não é obrigada a. Os sintomas são muito parecidos com os de um celíaco. Então, pode ser que estas pessoas têm doença celíaca? Talvez! É exatamente aqui que as coisas ficam confusas. 
Dois pontos devem ser levados em consideração:

- Algumas pessoas diagnosticadas apenas com sensibilidade possuem doença celíaca. Isso significa que seus exames foram realizados ou interpretados de forma inadequada;
- E algumas pessoas podem não ter a doença e podem nunca vir a manifestá-la, mas têm sensibilidade ao glúten e apresentam melhora com uma dieta livre de glúten.

Na intolerância as reações são causadas pelos alimentos, porém não envolve o sistema imunológico. Conservantes, intensificadores de sabor, corantes, antioxidantes e ausência de enzimas são as substâncias mais relacionadas.
Já a doença celíaca, para conhecê-la melhor, confira o post já publicado.

Em uma entrevista, O Dr. Alessio Fasano, investigador principal de um estudo lançado pela Universidade de Maryland School of Medicine, relatou não acreditar que uma pessoa pode saltar de uma condição para a outra, pois, segundo ele, a doença celíaca, a sensibilidade e a alergia são baseadas em mecanismos muito diferentes. No entanto, relata que se um paciente apresenta sintomas parecidos com os da doença celíaca e os exames são negativos, ele pode apresentar sensibilidade ao glúten, sem sombra de dúvidas. 

Uma questão já levantada aqui no blog com relação a digestão do glúten, também é apontada pelo médico investigador: nós, seres humanos, somos capazes de digerir completamente todas as proteínas ingeridas, exceto uma. Adivinhem qual? O glúten. Ele completa dizendo que não possuímos todas as enzimas para digeri-lo inteiramente. Assim, os peptídeos não digeridos tornam-se prejudiciais. 
Ao ser questionado sobre o "boom" de problemas de saúde com o glúten, o médico enfatiza que antigamente o trigo continha quantidades baixas de glúten e era colhido uma vez por ano. Hoje em dia, temos nossos grãos com maior elasticidade e então, mais suscetíveis ao aumento do glúten neles. Segundo ele, nós estamos mudando nosso ambiente mais rápido do que o nosso corpo pode se adaptar. Achei esta frase INCRÍVEL!
Leiam dez mil vezes porque ela serve para uma série de acontecimentos atuais. Vou destacá-la porque achei extremamente importante essa relação entre o ambiente e o nosso corpo.

"Nós estamos mudando nosso ambiente mais rápido do que o nosso corpo pode se adaptar." (Dr. Alessio Fasano)


Outra dica que o médico nos deixa é uma que também já foi escrita aqui: não tente uma dieta isenta de glúten antes de ir a um médico. O diagnóstico tem que ser excluído antes do início da dieta. Ele ressalta que não é contra uma dieta sem glúten, pois isso não é fácil. Sua sugestão é que se você anda sofrendo com os sintomas que tornam a vida amarga e você já investigou todas as causas possíveis, incluindo a doença celíaca, você pode se beneficiar com a dieta. Um exemplo muito claro disso é o grande tenista Novak Djokovic. Sensível ao glúten, o tenista, ao excluir o glúten da dieta apresentou resistência, concentração e energia aumentadas. Portanto, nada de pânico! Não tente esconder de si próprio que você pode ter uma sensibilidade ao glúten ou até mesmo a doença celíaca. Isso só vai piorar os seus sintomas e consequentemente, sua vida.

Uma outra coisa que eu achei simplesmente fantástico na entrevista é quando questionado a respeito da sensibilidade ao glúten ocupar o lugar onde a doença celíaca estava há 30 anos atrás, o médico diz que os pacientes, como de costume, foram visionários, dizendo aos médicos que este material existia, porém os profissionais de saúde estavam céticos. Ou seja, é aquilo que eu já escrevi em outras ocasiões, nada e nem ninguém conhece você melhor do que você mesmo. Há muito profissionais não capacitados para diagnosticar a sensibilidade ao glúten ou doença celíaca. Se você percebeu isso, não insista em continuar com o médico. Mude de profissional; busque outra opinião.

Afinal, como suspeitar de que tenho sensibilidade ao glúten ou doença celíaca, já que os sintomas são bem parecidos? 
Se seus exames derem positivos para a doença celíaca, então é isso que você tem. Porém, se seu exame der negativo, mas seus sintomas desaparecerem com uma dieta sem glúten, provavelmente você tem algum tipo de sensibilidade ao glúten. Isso porque ainda não existe um exame para diagnosticar a sensibilidade ao glúten.
E é exatamente com esta questão que surge uma grande dificuldade: infelizmente, como tudo ainda é muito novo e há pouca conscientização e conhecimento a respeito da sensibilidade e doença, os pacientes geralmente são orientados a ignorar os resultados de exames inconclusivos e voltar a consumir glúten.

Médicos também falham e isso é natural. Nem tudo é psicológico e mesmo que o que você está sentindo seja de ordem psicológica, não deixe pra lá. Cuide-se! Ninguém está no mundo para ser infeliz...todos nós nascemos para ser felizes!

Obs: Para conferir o estudo realizado pelo Dr. Alessio Fasano, clique aqui.


Beijocas e até mais

Ah! E eu continuo achando coxinha (sem glúten, é claro!) bem mais gostoso do que pão de queijo!

Fonte: Vivendo sem glúten (livro); Acelbra-RJ


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